Diante deste contexto,
questiono: estariam os educadores diante de um novo paradigma de aprendizagem?
Segundo o site do
Centro de Referência em Educação Mário Covas (CRE Mário Covas), "o impacto
das Novas Tecnologias tem provocado mudanças na Educação, que não tarda a
incorporar os últimos recursos tecnológicos direcionados ao setor. Dessa forma,
a integração de novas mídias como televisão e Internet não é mais novidade
estranha à sala de aula. Pelo contrário, contribui para a criação de novas
estratégias de ensino, aprendizagem e auto capacitação".
Sem dúvida, a
comunicação mediada por computador propiciou um novo ambiente de comunicação online
e instantâneo, eliminando distâncias, permitindo trocas de arquivos, a um custo
acessível. Além disso, a tecnologia passou a executar muitas das operações
cognitivas antes desempenhadas pelos aprendizes (armazenamento e recuperação da
informação) e, em várias situações, o bom desempenho é conquistado mesmo na
ausência de uma compreensão completa da situação.
Isso significa que
aprender não é mais um processo que está mais totalmente sob controle do
indivíduo, percebe-se que está em outras pessoas, em uma organização ou em um
banco de dados... E, segundo Siemens (2005), tais conexões externas, que
potencializam o que podemos aprender, são mais importantes que nosso estado
atual de conhecimento.
Desta forma, a
cognição e a aprendizagem são distribuídas não apenas entre pessoas, mas também
entre artefatos, já que podemos "fazer um download" do trabalho
cognitivo em dispositivos que são mais eficientes que os próprios seres humanos
na realização de tarefas.
Ainda que sempre tenha
existido o armazenamento de informações, o seu acesso está facilitado com as
Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Sendo assim, como medir o
conhecimento gerado por tais informações? Como nos adaptar à exposição de
tantos dados e selecionar o que realmente nos é útil?
Apesar de tais
questões não serem novas, ainda fazem parte da lista de "perguntas mais
frequentes" de educadores e gestores em vários segmentos.
Finalizo, então com
mais uma questão: se os educadores estão diante de um novo paradigma de
aprendizagem, como fazê-la se tornar concreta e útil aos estudantes? Seria a
Educação a Distância um método que melhor responde à essa demanda, por fazer
dos estudantes atores principais na construção de seus próprios conhecimentos?