quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aprendizagem e Novas Tecnologias


Inicio este post com um pensamento de Paulo Freire que diz: "Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma altamente negativa e perigosa de pensar errado". Acredito que com essa colocação, Paulo Freire nos remete à constante busca pelo equilíbrio. Ou seja, os extremos costumam ser prejudiciais em todos os sentidos.
Em posts anteriores comentei a respeito dos desafios da adaptação à modalidade de Ensino a Distância, que, apesar de não ser tão jovem, ganhou nos últimos tempos uma aliada: as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
Diante deste contexto, questiono: estariam os educadores diante de um novo paradigma de aprendizagem?
Segundo o site do Centro de Referência em Educação Mário Covas (CRE Mário Covas), "o impacto das Novas Tecnologias tem provocado mudanças na Educação, que não tarda a incorporar os últimos recursos tecnológicos direcionados ao setor. Dessa forma, a integração de novas mídias como televisão e Internet não é mais novidade estranha à sala de aula. Pelo contrário, contribui para a criação de novas estratégias de ensino, aprendizagem e auto capacitação".
Sem dúvida, a comunicação mediada por computador propiciou um novo ambiente de comunicação online e instantâneo, eliminando distâncias, permitindo trocas de arquivos, a um custo acessível. Além disso, a tecnologia passou a executar muitas das operações cognitivas antes desempenhadas pelos aprendizes (armazenamento e recuperação da informação) e, em várias situações, o bom desempenho é conquistado mesmo na ausência de uma compreensão completa da situação.
Isso significa que aprender não é mais um processo que está mais totalmente sob controle do indivíduo, percebe-se que está em outras pessoas, em uma organização ou em um banco de dados... E, segundo Siemens (2005), tais conexões externas, que potencializam o que podemos aprender, são mais importantes que nosso estado atual de conhecimento.
Desta forma, a cognição e a aprendizagem são distribuídas não apenas entre pessoas, mas também entre artefatos, já que podemos "fazer um download" do trabalho cognitivo em dispositivos que são mais eficientes que os próprios seres humanos na realização de tarefas.
Ainda que sempre tenha existido o armazenamento de informações, o seu acesso está facilitado com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Sendo assim, como medir o conhecimento gerado por tais informações? Como nos adaptar à exposição de tantos dados e selecionar o que realmente nos é útil?
Apesar de tais questões não serem novas, ainda fazem parte da lista de "perguntas mais frequentes" de educadores e gestores em vários segmentos.
Finalizo, então com mais uma questão: se os educadores estão diante de um novo paradigma de aprendizagem, como fazê-la se tornar concreta e útil aos estudantes? Seria a Educação a Distância um método que melhor responde à essa demanda, por fazer dos estudantes atores principais na construção de seus próprios conhecimentos?


4 comentários:

  1. Você e uma excelente profissional tanto na parte da Psicólogia ou na parte de professora continue com seu trabalho lindo e maravilhoso pois que todos vamos apreciar com muito amor e carinho

    A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

    de alan rogerio de paula

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  2. Acredito que ajuda e muito, mas infelizmente não são todos os estudantes ou mesmo profissionais que estão se aprimorando que possuem a capacidade de se organizar para estudar em casa, ter seu tempo e espaço sem uma pessoa fisicamente presente, espero que esse perfil seja modificado.

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  3. Estou fazendo alguns cursos de pós-graduação EAD... Vejo que são de grande ultilidade pela questão financeira e tempo (já que alguns são mais baratos que os presenciais e o aluno não precisa se locomover até a instituição de ensino, salvo os que solicitam a presença do aluno para fazer uma prova e apresentação da monografia). Uma das únicas coisas que não deixa os cursos EAD perfeitos é a parte prática e também uma maior interação entre aluno-professor...

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